quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Reconhecendo o engano

Estes dois últimos artigos são muito relevantes. Talvez não para quem não tenha a menor idéia do trabalho que a KGB sempre fez no Brasil e no resto das Américas. A boa imagem do comunismo e de todas as formas de destruição da cultura ocidental presente nas porcas universidades públicas brasileiras é fruto do trabalho destes gênios do mau. Para se ter uma idéia, o mito que o golpe de 64 foi fruto de uma ação estratégica dos EUA é um desses frutos. Isso ocorreu porque o agente Ladislav Bittman coordenou a distribuição documentos falsificados que "provaram" a tal intervenção.

Para saber mais sobre o caso de 64, clique aqui; e sobre a KGB, clique aqui.



Voz da Rússia, parte 2

por J. R. Nyquist

Conheça Victor Kalashnikov: ex-agente da KGB, estudioso, analista e escritor. Ele é casado com a historiadora e jornalista Marina Kalashnikova, o tema da coluna da semana passada. Antes do colapso da União Soviética Victor trabalhou para a KGB, em Viena. Após a bizarra abdicação de Gorbachev, em dezembro de 1991, Victor viu-se atraído para a administração presidencial de Boris Yeltsin, sob ordens do General Yevgeny Primakov, da KGB. Lá ele se tornou um diretor de pesquisas do Centro de Políticas Públicas da Rússia. "Então minha atenção voltou 180 graus da Europa para a Rússia", explicou Victor. "Eu estava bastante entusiasmado para explorar o que estava acontecendo na Rússia. As pessoas do Kremlin se depararam com várias surpresas e descobertas quanto ao que a Rússia era realmente."

E o que é a Rússia?

Com a ajuda do assessor presidencial, Sergei Stankevich, Victor conseguiu aposentar-se da KGB. Mas a KGB o queria de volta, assim como eles queriam a Rússia volta. Qualquer trabalho que Victor aceitasse, onde quer que fosse, a KGB apareceria. “Eles sempre entraram em cena com ofertas e promessas, querendo explorar os meus contatos,” explicou Victor. Você veja que já a essa época a Guerra Fria ainda estava em curso, assim como o trabalho dos espiões de Moscou. Em 1997, o SVR (KGB) queria que Victor infiltrasse espiões na companhia petrolífera alemã em que trabalhava. Quando ele se recusou, o SVR prometeu que iria "pagar com seu sangue." Em 1999, depois de tomar café na Embaixada Russa em Bruxelas, Victor ficou muito doente. Muito naturalmente, ele suspeita de veneno.

Em 2000, um dos colegas de Victor foram convocados pela polícia secreta e o disseram que os Kalashnikovs estavam em uma "lista negra" devido a seus escritos politicamente incorretos. As pessoas estavam sendo advertidas por todos os lados, incluindo o seu dentista. Seus amigos desapareceram. Os colegas desistiram de manter contato. Ele não mais poderia ir ao dentista. "O que me impressionou, especialmente com a geração mais jovem," Victor observou, "é que eles pareçam ser tão conformistas. Não têm idealismo nem valores. Eles só estavam dispostos a colaborar com quem quer que eles vissem como superiores. É por isso que, hoje em dia, em última análise, nós nos encontramos de forma inesperada na posição de outsiders, dissidentes e mesmo inimigos. Foi assim que chegamos a esta situação."

Em 2004, Victor e sua esposa continuaram a escrever sobre assuntos polêmicos e viram-se abordados na rua por oficiais da FSB (KGB) que os advertiu contra a entrada em embaixadas estrangeiras e interrompeu suas tentativas de se reunir com diplomatas. Neste momento, o Kalashnikovs foram demitidos dos seus respectivos empregos em jornais. Desse ponto em diante, Victor e Marina não mais conseguiram encontrar trabalho na imprensa, em universidades ou em empresas russas. Por fim, eles procuraram uma saída para o seu talento na Ucrânia. Mas aqui, novamente, o Kremlin não lhes deu descanso, já que funcionários ucranianos advertiram que o ministro russo do interior tinha incluído os Kalashnikovs em uma lista de "extremistas" e que, como conseqüência, a sua segurança pessoal na Ucrânia já não poderia ser garantida.

"O conformismo é absolutamente esmagador aqui", lamentou Kalashnikov. "Não deve haver distinção entre as autoridades russas e o povo russo. Dos desempregados nas províncias ao topo da hierarquia, o conformismo é enorme. Também dentro da mídia, todos eles estão dispostos a cooperar. Isto é uma realidade e evoluirá desta maneira, apesar de problemas econômicos de hoje. É um fenômeno tipicamente russo. "

Se isso soa como nos tempos soviéticos, você não está enganado. O sistema totalitário se tornou mais sofisticado e mais simplificado. O Ocidente não deve enganar-se. A Guerra Fria nunca terminou. A KGB continua em vigor. Segundo Kalashnikov, "Não é necessário controlar a região da antiga União Soviética inteira. Nós podemos projetar nossa influência. Mesmo quando nós permitimos que os norte-americanos e a OTAN tenham uma presença lá, nós ainda temos o controle. Eu até desconfio que o que aconteceu produziu um modelo de modernização estratégica".

Há muito se foram os empecilhos imperiais. A Rússia pode usar as suas redes de agentes secretos para chantagear executivos, políticos e intelectuais. Jornalistas podem tanto ser comprados quanto ser despedidos por um custo irrisório. As campanhas de desinformação dos anos 60, 70 e 80 lançaram as bases para uma grande decepção. O Ocidente pensa que está lidando com uma nova entidade na Rússia. No entanto, eles ainda estão lidando com a casa que Stalin construiu.

"Meu sentimento é que o antigo sistema de gestão de pessoal dos tempos soviéticos foi restabelecido", disse Kalashnikov, explicando como a polícia secreta pode privar os cidadãos resistentes de um meio de subsistência. "Na União Soviética o seu arquivo pessoal te seguia sempre que havia mudança de um emprego para outro. Seu empregador pode ver qualquer ponto negro marcado pelos empregadores anteriores, e meu ex-patrão [a KGB] estava ansioso para tornar minha vida o mais difícil possível. Eles queriam nos pressionar ao ponto que teríamos de admitir a nossa derrota e fracasso, repensar nosso comportamento."

No Ocidente, fomos informados que o sistema soviético acabou. Fomos informados de que o Partido Comunista perdeu o poder, a KGB foi reformado e que a democracia ganhou o dia.

Kalashnikov disse: "Não houve qualquer momento, posso afirmar com certeza, em que o velho sistema da KGB e a nomenklatura admitiu sua falha ou perdeu o controle. Eles apenas mudaram a sua forma e aparência. Era um tipo de mudança geracional. Em vez de generais no comando, temos tenentes-coronéis. Eles se comportam de maneira diferente, mas estão fazendo a mesma coisa. Nunca houve qualquer momento em que eles admitiram alguma derrota histórica. Nunca houve qualquer passo sério na direção de uma “descomunização” – nunca, nunca. A Comissão Yakovlev foi concebida para imitar os procedimentos descomunização na Europa Central. "

Então foi uma farsa?

"Sim, era uma falsificação, uma imitação", insistiu Kalashnikov. "Desde o início a idéia era, nós vamos voltar, vamos nos modernizar. E foi assim que aconteceu. Naturalmente, muitos observadores ocidentais estavam satisfeitos com as novas caras, com os novos estilos e com a abertura. Mas, passo a passo, você mesmo pode se lembrar que muitas instituições americanas aqui na Rússia tem sido empurradas para fora ou colocadas sob o controle russo. Assim, formalmente, temos vários organismos ocidentais aqui que alegam estar fazendo democracia e trabalhos de consultoria, mas na verdade eles se tornaram um instrumento de política do Kremlin para imitar e explorar para seus próprios fins."
Aqui estão as palavras de um ex-oficial da KGB, dizendo a verdade desde sua casa, em Moscou; impedido de trabalhar por causa de sua honestidade – colocado na lista negra por seus ex-colegas, porque ele não queria participar da maior decepção do nosso tempo. "Não houve nenhuma responsabilidade real pelo passado", explicou Kalashnikov. "Foi um grande engano. As pessoas mudaram de aparência e comportamento, mas o significado real do sistema permaneceu o mesmo - em substância. Isso era bastante visível para mim. O Ocidente está feliz apenas pelo fato de deixarmos de lado os nomes Comunismo, União Soviética, etc. Mudamos nosso vocabulário. Em vez do Politburo e do Comitê Central, temos um presidente e um governo presidencial. Em vez da KGB, temos FSB. Eu insisto que a interpretação sobre a história soviética recente deve ser alterada profundamente. A KGB manteve enormes redes de espiões domésticos. Centenas de milhares de pessoas foram implantadas no momento certo, influenciando o movimento democrático. Esse sistema foi ampliado por Putin. Se você olhar a Rússia desde fora, você não consegue saber quem está manipulando a coisa toda. Centenas de milhares de recursos são empregados na política e nos negócios. Há uma agenda oculta e há estruturas secretas. Nem mesmo os alemães se livraram das suas estruturas ocultas relacionadas à era comunista. Com todos os esforços e tecnologia alemães eles ainda não conseguem resolver o problema das estruturas comunistas secretas. Eles ainda estão sendo manipulados. Agora pegue a Rússia, que é livre para reconstruir suas estruturas [totalitárias] sob uma roupagem diferente."

E quais são as implicações estratégicas?

"Elas devem ser enormes", disse Kalashnikov. "Você sabe, há uma coisa que as pessoas devem entender. Há uma nítida linha de continuidade nas políticas militares de Moscou, desde os tempos de Stalin. Moscou tem seguido a mesma linha de política de maneira consistente. O que é enganador para muitas pessoas é que a presença militar material não está mais lá. Nós não precisamos de tantos tanques. A questão é que tipo de projeto, que tipo de estratégia que você tem no lugar. Tudo isso está inserido dentro dos potenciais de Moscou. Vemos que a presença russa está sendo reinstalada em alguns lugares – América Latina, África e Oriente Médio. "O importante é a manipulação e a influência em vez de um controle direto.

Em matéria de estratégia moderna, o tamanho reduzido da Rússia traz vantagens. Agora, a Rússia não é responsável por alimentar o Azerbaijão, ou fornecer energia barata aos Estados Bálticos ou à Ucrânia. As armas de influência e manipulação da KGB, incluindo o crime organizado e o tráfico de drogas, podem ser usadas para influenciar e manipular sem precisar manter exércitos caros. Dessa forma, os russos aprenderam a racionalizar a sua dominação. Fazer os americanos pensar que Washington mantém o controle. Mas olhe hoje à sua volta e veja o que está acontecendo com a economia americana, com o dólar americano, e com a dissuasão nuclear nos EUA. Há um enfraquecimento visível em todas as três áreas.

Victor Kalashnikov é um homem corajoso. Ele recusou-se a falsificar a realidade por uma questão de oportunidade de carreira ou mesmo de segurança pessoal. Ele está nos dizendo como as coisas são no maior país do mundo. Você pode ignorá-lo se quiser, mas o faça apenas em prejuízo próprio.


Fonte: http://www.financialsense.com/stormwatch/geo/pastanalysis/2009/0724.html

Tradução: Rafael Resende Stival, do blog Salmo 12.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um alerta de Marina Kalashnikova ao ocidente

Voz da Rússia, parte 1

Por J. R. Nyquist

Conheçam Marina Kalashnikova: uma historiadora Moscovita, pesquisadora e jornalista. Em agosto passado, ela criticou "especialistas" estrangeiros que sugeriram que um conflito com Moscou não iria acontecer porque a elite Russa também é intimamente ligada com o Ocidente. Segundo Kalashnikova, "O Ocidente não deseja acordar do seu sonho de pensamento positivo, mesmo quando Moscou volta a ... reanimar o culto à personalidade de Stalin e também a ideologia da Cheka [isto é, a KGB]."
Temo que Marina Kalashnikova esteja certa. O Ocidente está sonhando, e o Ocidente sofrerá as conseqüências. Se o Kremlin gosta de Stalin, então haverá problemas. Se os funcionários da KGB criaram uma forma sofisticada de ditadura na Rússia, eles têm feito isso por uma razão. Nós devemos lembrar aos nossos políticos de memórias curtas que Stalin e sua polícia secreta não estavam liderando uma Escola Dominical. Além disso, o recente rastro de sangue e radiação que aponta para o Kremlin é como um dedo indicando o maior perigo do nosso tempo – apagado da tagarelice midiática do momento. (Um agente da KGB que se aposentou recentemente disse que "ninguém é mais fácil de comprar do que um jornalista ocidental.")
A Rússia construiu uma aliança de ditadores, o que Kalashnikova chama de uma "aliança das forças e regimes mais desenfreados." Extremistas de todos os tipos servem ao objetivo de destruir a paz, prejudicar as economias ocidentais e preparar o palco para uma revolução global pela qual o equilíbrio de poder mude dos Estados Unidos e do Ocidente para o Kremlin e os seus aliados chineses. "Entre as idéias que animam toda a equipe dos analistas no Kremlin, há a idéia de difusão", diz Kalashnikova, "Não é que o Kremlin deve esforçar-se para ter uma expansão territorial e uma disseminação de seu modelo [político]. O aspecto fundamental é o poder e o fulcro de um contexto estratégico global. Nesse caso, mesmo que os americanos sejam influentes nos países pós-soviéticos, Moscou continua no comando. O Estado-Maior [russo], portanto, tem expandido com êxito a posição de Moscou para além e acima da posição da antiga União Soviética na África e na América Latina. O que prevalece, segundo ela, é “a afirmação e a determinação de Moscou, e sem medo de uma reação do Ocidente.”
Em outras palavras, o Ocidente já foi suplantado. A KGB e o Estado-Maior russo já nos sondaram, e eles estão rindo de nós. Nossos líderes não percebem a sofisticação do seu inimigo. Eles não podem ver nem entender o que está acontecendo. Eles piscam, eles recuam, e continuam usando conceitos fornecidos a eles por agentes de influência soviéticos há muito tempo. Como nação, nós estamos confusos e desorientados, acreditando que o mundo está em dívida com o poder monetário do Ocidente – e, por conseguinte, a paz pode ser comprada.
"O Kremlin ativou uma rede de extremistas no Terceiro Mundo", escreveu Kalashnikova. "[Ao mesmo tempo] a Rússia conseguiu livrar-se de quase todas as convenções internacionais que restringem a expansão de seu poderio militar." Nesta situação, o único obstáculo para o poder russo é o poder americano. Mesmo assim, o presidente norte-americano se prepara para abdicar desse poder com uma série de acordos de controle de armas que vão deixar os Estados Unidos mais vulneráveis a um primeiro ataque. Colocando isso no contexto, as armas nucleares são armas superiores, tanto que a superioridade ocidental em armas convencionais é, portanto, sem sentido. Quem ganha supremacia nuclear estratégica irá governar o mundo, e as forças russas de foguetes estratégicos estão no lugar, prontas para o lançamento, enquanto as forças nucleares americanas estão apodrecendo por negligência.
A historiadora russa considera que o Ocidente depende da ganância da elite russa para manter o Kremlin na linha. Mas esse é um conceito tolo. Mao Zedong disse que o poder político "emana do cano de uma arma." Portanto, a lógica do Kremlin é dura: Deixe o Ocidente manter sua inútil moeda. Moscou terá armas, e, no final, Moscou e seus aliados vão controlar tudo. Os liberais podem acreditar que os protestos e apelos à humanidade são o trunfo final. Os financiadores podem acreditar que o dinheiro faz o mundo girar. Deixe-os tentar parar uma salva de mísseis balísticos intercontinentais com o sentimento liberal e dinheiro. Até onde valem as leis da física, os seus instrumentos preferidos não podem parar um único míssil.
Segundo Kalashnikova, "Está claro que o regime [Kremlin] não tem limites e irão cometer qualquer crime, quebrar qualquer regra, superar qualquer referência a fim de consolidar seu poder ilegítimo..." Mesmo o antigo chefe da KGB, Vladimir Kryuchkov, ficou chocado: "Putin e os outros têm que responder pelo que eles estão fazendo com o país hoje", disse ele. Mas o Ocidente dorme. O Ocidente não quer ouvir sobre o perigo que se levanta no Oriente – desde o Kremlin e de seus aliados chineses. Como Kalashnikova aponta, as advertências de observadores como o russo Viktor Suvorov e Vladimir Bukovsky foram quase totalmente ignoradas. O chauvinismo ocidental está profundamente arraigado, e o homem ocidental tem a sua superioridade militar e econômica como garantia. Ele ri da idéia de que "os russos estão chegando." Mas a piada é sobre a América. Vantagem psicológica do Kremlin é vital e imediata, e se estende ao domínio político. Isso é significativo porque o resultado de cada guerra é pré-determinado pelo processo político que levou à guerra.
Kalashnikova lamenta que Suvorov e Bukovsky permaneçam tão desconhecidos, "e ainda são odiados pelo establishment ocidental ... [que] evita verdades incômodas sobre o mundo e sobre si mesmos, especialmente quando a verdade vem de críticos russos." Será que os americanos têm senso? Eles são pessoas sérias? Não, disse Suvorov mais de duas décadas atrás. Não, diz hoje Kalashnikova. Os generais russos estão se preparando. Eles estão consolidando a sua influência, porque a próxima guerra exige.
"A idéia da OTAN de dissuasão não significa absolutamente nada para os generais russos", escreveu Kalashnikova. "Ao contrário dos seus homólogos ocidentais, eles não têm medo das grandes perdas militares e civis. Isso era verdade já na época de Stalin. Perdas não afetam a popularidade dos governantes Kremlin...” O filósofo Nietzsche escreveu certa vez que sacrificar pessoas para um Estado ou para uma idéia faz com que o Estado ou a idéia sejam os mais preciosos de todos para aqueles que fizeram o sacrifício. Tal é a psicologia humana, ontem, hoje e amanhã.
"O equilíbrio estratégico", alertou Kalashnikova, "não funciona e nunca funcionou." Estando do lado de fora da lógica da dissuasão nuclear, os líderes do Kremlin estão modernizando seus bunkers nucleares. Eles estão preparados para sobreviver. "Os militares russos de hoje não são mais fracos do que os da URSS", diz ela, "e em algumas áreas ultrapassam os militares soviéticos." – Isto vindo de uma escritora que entrevistou pessoalmente generais russos, chefes de espionagem e estadistas. Ela continua a dizer que depois do 11/9 terroristas aliados da Rússia podem realmente ser usados para desempenhar um papel fundamental na equação estratégica. E então ela providencialmente cita um funcionário da OTAN que falou sobre o papel da Al Qaeda e de Bin Laden, como se segue: "Ele [o ataque de 11/9] está além de suas capacidades intelectuais." Este tipo de compreensão é conhecida por provocar "reações de polônio", como no caso do ex-tenente-coronel da FSB Alexander Litvinenko – que declarou publicamente que Vladimir Putin foi o mestre por trás do terrorismo da Al Qaeda.
E aqui é onde a coisa se complica. Quando Marina Kalashnikova apresentou sua análise aos leitores russos e ucranianos em 26 de agosto de 2008, ela irritou o regime e tornou-se um alvo da polícia secreta russa. Sua residência em Moscou foi arrombada. Papéis privados foram roubados. Ameaças foram feitas. E, por último, mas não menos importante, ela foi violentamente presa em uma clínica psiquiátrica por 35 dias. "Estou completamente saudável", disse-me Kalashnikova durante uma entrevista por telefone no domingo. "Foi absolutamente político ... não há nada de clínico."
E que desculpa eles deram para quebrar a fechadura e pegá-la? "disseram que fui agressiva", explicou ela, "mesmo estando eu atrás da porta da minha casa." O que ela tinha feito, naturalmente, era revelar as intenções hostis do governo russo em relação aos Estados Unidos. "Só ontem", explicou ela, "Eu recebi ameaças de que eles iriam me levar de volta à clínica, porque eu não cumpri o acordo de não interferir nos assuntos políticos aqui. Estou proibida de fazer jornalismo, política, entrevistas e tudo mais. Então eu só posso lidar com a vida cotidiana. Meus esforços, e minha comunicação ativa com o Ocidente sobre esta prisão psiquiátrica [é proibida]. Eu me sinto completamente insegura aqui. Não é piada. Não é exagero. A realidade é ainda mais terrível e criminosa. Tento não assustar as pessoas. O povo americano está muito confortável. Eu subestimei e descrevi mal a situação. É muito perigoso. A situação precisa urgentemente do discernimento deles."
E sobre qual situação ela está falando?
"Eu acho que a Rússia sempre teve a América como o inimigo", Kalashnikova me disse, "e continua da mesma forma. Eu acho que todos os preparativos feitos pela Rússia são preparativos militares, são para a guerra. Nestes últimos dias eu falei três vezes com ... um ex-político, funcionário do partido e brilhante diplomata ... e ele confirmou que eles esperam a guerra ".
Espero que Marina Kalashnikova esteja a salvo, e que os americanos irão apreciar a sua coragem, dar atenção a seus alertas, e evitar a eclosão de uma guerra com zelo e vigilância. Marina me deu permissão para contar sua história e relatar suas palavras para aqueles que estão dormindo no Ocidente. Ela precisa da nossa ajuda, e ela merece.

Fonte: http://www.financialsense.com/stormwatch/geo/pastanalysis/2009/0717.html

Tradução: Rafael Resende Stival, do blog Salmo 12

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Paulo Freire e as esquerdas na sala

Esta postagem é um trecho modificado de um trabalho de classe (daquela professora que me humilhou) em que fui obrigado a ler um capítulo do livro Pedagogia do oprimido, do nosso conhecido inimigo da verdade, e fazer uma “reflexão” sobre ele. Não que não devamos ler as sentenças dos famigerados impostores e loucos, mas as conseqüências do ensino de Paulo Freire são tão profundas e tem causas tão remotas que as considerações a ser feitas merecem um estudo mais dedicado. Mesmo com o meu pouco estudo, creio que as observações feitas e a bibliografia usada podem auxiliar ou ao menos nortear outros estudantes da educação que percebam a necessidade de combater a hegemonia dos ensinos de Freire na academia.

O capítulo em questão pergunta se a educação deve servir à transformação ou à reprodução. Mesmo sem saber se há ou se deve haver transformação ou reprodução de quê ou de quem, pois o autor se abstém de aprofundar os termos, creio ser relevante comparar a “doença” diagnosticada pelo autor, sua causa e seu “remédio” à realidade do ensino no país.

O capítulo Educação: reprodução ou transformação?, do livro Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire, me surpreendeu em vários aspectos. Primeiramente, há uma falta de aptidão argumentativa exagerada quando comparado à bibliografia restante da matéria. Os conceitos usados pelo autor são tão vagos que o único aspecto tratado que faz eco na realidade é a constatação da “educação tecnocrática” promovida pelo governo militar em seus centros de ensino. Sinto me impelido a conhecer mais sobre o assunto, pois até agora não sei até que ponto devo me opor ou apoiar tal tipo de educação.

Mas o que mais me surpreendeu foi o fato de que Paulo Freire influenciou a educação atual de tal forma que há um imenso paradoxo entre a realidade atual e o texto do autor: a “transformação” defendida ontem pelo autor acabou por tornar-se a “reprodução” de hoje, se é que entendi o sentido destes termos na leitura de um só capítulo.

Porque e como isso ocorreu

Creio não ser preciso provar que, na maior parte o século 20, o pensamento de esquerda foi majoritário em nossas universidades públicas, as principais formadoras de pensadores. Estes intelectuais passaram de majoritários a dominantes nas universidades, pois a esquerda havia perdido no seu front armado após a revolução de 64, preferindo então investir nos planos de longo prazo. Deu certo. Soma-se a isso o fato de os militares pretenderem promover o utópico pragmatismo supra-ideológico1 no país, combatendo a ideologia apenas em seu âmbito jornalístico e parcamente no artístico através da censura de suas formas mais radicais. O alardeado “pensamento conservador de direita” esteve longe de ser apoiado institucionalmente, ou seja, não foi usado como forma de “combate”. O aspecto “tolerante” dos militares é provado pela própria edição do livro do autor em questão em meados dos anos 70.

Contando com a quase ausência do pensamento crítico do marxismo e com pouca ênfase em alternativas a este2, pois não foram apoiados por nenhum setor expressivo da sociedade, o pensamento de esquerda se tornara dominante na academia. Não demorou muito para que os livros didáticos e a mente dos nossos professores aderissem à causa. O apoio institucional viera a partir da chegada de um teórico marxista à presidência da república, em meados dos anos 90.

Sabemos que o cientista humano que se presume neutro, na verdade se põe acima de todas as ideologias sem se dar ao trabalho de entendê-las. Mesmo consciente da impossibilidade da neutralidade, creio que seja (ou deveria ser) dever do educador informar que este ou aquele autor ou corrente de pensamento ensinado é contestado por outros e quais são estes outros, para não oferecer ao aluno uma só visão de mundo, como a que recebi.

Para dar provas do quanto o ensino brasileiro se enviesou através dos livros didáticos e dos ensinamentos dos professores, usarei os livros didáticos da série Nova História Critica, de Mário Schimidt. Este é um dos exemplos mais gritantes de livros didáticos com viés político acentuado. É preciso advertir que está excluído como prova o viés político dos professores, quesito abordado com propriedade no artigo Prontos para o Século XIX, de Monica Weinberg e Camila Pereira3.

Selecionei os mesmos fragmentos de textos de um artigo4 do site Escola Sem Partido para demonstrar que nossos livros didáticos se dividem em esquerdistas radicais e moderados. O Nova História Critica é um exemplo do primeiro.

“Sobre Mao Tse-tung: ‘Foi um grande estadista e comandante militar. Escreveu livros sobre política, filosofia e economia. Praticou esportes até a velhice. Amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido. Para muitos chineses, Mao é ainda um grande herói. Mas para os chineses anticomunistas, não passou de um ditador.’”

Elogiar um ditador sangrento, responsável pela morte de no mínimo 50 milhões de pessoas5 omitindo o fato é um sinal claro que o autor deseja formar jovens militantes radicais.

“Sobre a Revolução Cultural Chinesa: ‘Foi uma experiência socialista muito original. As novas propostas eram discutidas animadamente. Grandes cartazes murais, os dazibaos, abriam espaço para o povo manifestar seus pensamentos e suas críticas. Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. (...) No início, o presidente Mao Tse-tung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. (...) Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. (...) Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes 'politicamente esclerosados'. (...) A Guarda Vermelha obrigou os burocratas a desfilar pelas ruas das cidades com cartazes pregados nas costas com dizeres do tipo: 'Fui um burocrata mais preocupado com o meu cargo do que com o bem-estar do povo.' As pessoas riam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revolução Cultural entusiasmava e assustava ao mesmo tempo.’”

É amplamente conhecido que a Revolução Cultural impediu qualquer manifestação intelectual, didática ou artística que não elogiasse o PC chinês e fez entre 400 mil e 1 milhão de mortos6.

“Sobre a Revolução Cubana e o paredão: ‘A reforma agrária, o confisco dos bens de empresas norte-americanas e o fuzilamento de torturadores do exército de Fulgêncio Batista tiveram inegável apoio popular.’”

O “inegável apoio popular” não é difícil conseguir quando mais 77 mil cubanos morreram tentando fugir do país, sem contar os milhares de mortos fuzilados, assassinados extrajudicialmente, presos políticos mortos no cárcere por maus tratos, por falta de assistência médica ou por doenças da velhice e guerrilheiros anticastristas mortos em combate7.

“Sobre os motivos da derrocada da URSS: ‘É claro que a população soviética não estava passando forme. O desenvolvimento econômico e a boa distribuição de renda garantiam o lar e o jantar para cada cidadão. Não existia inflação nem desemprego. Todo ensino era gratuito e muitos filhos de operários e camponeses conseguiam cursar as melhores faculdades. (...) Medicina gratuita, aluguel que custava o preço de três maços de cigarro, grandes cidades sem crianças abandonadas nem favelas... Para nós, do Terceiro Mundo, quase um sonho não é verdade? Acontecia que o povo da segunda potência mundial não queria só melhores bens de consumo. Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos (...) Queriam ter dois ou três carros importados na garagem de um casarão, freqüentar bons restaurantes, comprar aparelhagens eletrônicas sofisticadas, roupas de marcas famosas, jóias. (...) Karl Marx não pensava que o socialismo pudesse se desenvolver num único país, menos ainda numa nação atrasada e pobre como a Rússia tzarista. (...) Fica então uma velha pergunta: e se a revolução tivesse estourado num país desenvolvido como os EUA e a Alemanha? Teria fracassado também?’”

Este “sonho” custou 20 milhões de vidas5. E a inveja não pode ocasionar a ruína de um sistema econômico fadado ao fracasso, segundo nos ensinaram os economistas austríacos Ludwig Von Mises e Eugen Von Böhm-Bawerk.

Foram distribuídos, entre 1998 e 20078, 9 milhões de exemplares deste livro para alunos da 5ª à 8 séries do ensino fundamental. Como o PNLD9 compra livros de três em três anos, o livro comprado é usado por três alunos. Portanto, no mínimo 21 milhões de alunos os livros da coleção “Nova História Crítica”. Em 2007 o livro foi excluído da lista dos recomendados pelo MEC por apresentar “problemas conceituais”.

Em uma nota10 emitida em setembro de 2007, o MEC informa que a avaliação dos livros didáticos é feita por uma comissão de professores-doutores, e que todos os professores do ensino público deve escolher um dentre uma lista de livros recomendados. O MEC não informa quantos há nesta lista. Faz parte dos critérios5 de aprovação o de que o livro não pode expressar preconceito ou doutrinação.

A julgar pelos dados, a academia, por meio dos professores da comissão, e o Estado são responsáveis e concordaram com a distribuição de 9 milhões de exemplares do livros durante 9 anos.

Conclusão

A questão sobre se há ou quando há reprodução ou transformação na educação torna-se irrelevante quando comparada às mortes, às vidas despedaçadas e às crianças alienadas geradas pelas revoluções culturais citadas e o ensino doutrinário. Portanto, preferi não considerar isoladamente as sentenças do autor nesse trabalho porque sua importância é ofuscada pelos fatos expostos. Discorrer sobre a influência de Freire não foge do assunto e denuncia o que deveria ser patente.

Quanto ao livro usado como exemplo, temos certeza de que a maioria dos professores da comissão do MEC, funcionários responsáveis do MEC e o próprio autor têm como guru o escritor Paulo Freire. Mesmo no texto fica clara uma posição que Freire assume noutra parte do livro: que “a revolução cultural” – obviamente nos moldes de Antonio Gramsci – “é o máximo de conscientização possível que deve desenvolver o poder revolucionário, com o qual atinja a todos, não importa qual seja a sua tarefa a cumprir” (pág. 186). Segundo estas palavras, as revoluções culturais ocorridas na Alemanha nazista e na China são boas e desejáveis. Cuba, Coréia do Norte e outros países comunistas decerto experimentaram mudanças que poderiam ser classificadas como revoluções culturais, mas a documentação e a análise desses fatos são insuficientes.

É sabido que também em Cuba o ensino e a cultura deste país estão longe de ser transformadores, pelo contrário, se parece muito com o ensino e os costumes que os grandes tiranos e ditadores impuseram em seus domínios para que a população não se rebelasse. Como então a teoria e o método do autor em questão pode ser tão usado no nosso país? Esta é uma manifestação do paradoxo citado no início do texto. Esse paradoxo só pode ser explicado por Lênin – “teórico” muito usado pelo autor – quando ele prescreve aos camaradas: “Acuse-os do que você é”.

Porém, sem dúvidas quanto aos significados dos conceitos usados pelo autor, podemos afirmar que a educação de alunos e educadores no Brasil obedece a uma reprodução com poucas diferenças fenotípicas e precisa, não forçosamente de uma transformação, mas de uma reforma que resgate o que os grandes educadores do passado aprenderam e quiseram nos ensinar.

Como simpático à educação liberal­11, que decerto cumpre aquele resgate, a “educação tecnocrática” parece ser um ultraje à maturidade do aluno e à sua vontade de conhecer, mas a pedagogia proposta pelo autor, que substituiu a implantada pelos militares, tem deficiências estruturais infinitamente mais nocivas que a anterior. Como amostra casual, temos a defesa velada e explícita pelo fim da responsabilidade do aluno sobre seu aprendizado e pela proibição de que as noções de certo e errado sejam ensinadas a crianças e jovens.

É fato que ser um educador totalmente imparcial é impossível, mas a pluralidade de pensamentos instiga o aluno e proporciona um saudável debate sobre idéias e fatos não só na educação, mas entre os homens públicos, acadêmicos e artistas.

Ficam então a perguntas: não será melhor e mais eficiente promover a autonomia intelectual e a maturidade do aluno do que formar um eterno “transformador social” ou um peão de qualquer outro jogo? Em vez de obrigar o aluno a olhar para a esquerda ou a direita, porque não o ajudamos a olhar para cima? Não só na busca pelo Deus eterno e infinito, mas para olhar os fatos e coisas desde cima, sem que nada lhe seja oculto por vontade humana.

Bibliografia e Notas

1- Carvalho, O. de. Miséria intelectual sem fim Disponível em: http://www.olavodecarvalho.org/semana/070910dc.html. Acesso em 21/11/2008;

2- Carvalho, O. de. A ideologia da anti-ideologia. Disponível em: www.olavodecarvalho.org/semana/050815dc.htm. Acesso em 21/11/2008;

3- http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,239,sid,1,ch

4- Escola Sem Partido. O que ensinam a nossas crianças. http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,182,sid. Acesso em 21/11/2008;

5- Courtois, Stephane et al.; O Livro Negro do Comunismo: crime, terror e repressão. 4a edição; Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005 pp. 17;

6- Sociedade Católica. O livro negro do comunismo. Disponível em: http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=249. Acesso em 21/11/2008;

7- Carvalho, O. de. Cuba em números. Disponível em: http://www.olavodecarvalho.org/semana/040807globo.htm. Acesso em 25/11/2008;

8- Escola Sem Partido. Lata de lixo da História. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/index.php?id=38,1,article,2,190,sid,1,ch Acesso em 25/11/2008; O Estado de São Paulo. 20 milhões usaram livros de história rejeitados pelo MEC. Disponível em: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid54779,0.htm; e Escola Sem Partido. Em dez anos, 20 milhões de alunos usaram livro polêmico. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,print,2,191,sid,1,ch. Acesso em 25/11/2008;

9- Programa Nacional do Livro Didático;

10- Revista de História da Biblioteca Nacional. História ou ideologia? Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1136. Acesso em 25/11/2008.

11- http://educacaoliberal.wordpress.com/ ou http://aristoi.wordpress.com/


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quatro cristãos chineses desaparecidos desde novembro

Para encorajar os irmãos à renúncia e para que esta notícia seja publicada em mais de uma página em português.

Quatro cristãos estão desaparecidos na província de Hubei desde novembro deste ano, segundo a rede de igrejas não registradas Igreja do Sul da China.

Essa rede enviou, recentemente, ao grupo China Aid um relatório detalhado sobre as prisões, agressões e raptos de cristãos ilegais na cidades de Jingmen e Xiangfan.

Segundo os líderes da igreja, há uma mulher entre os quatro cristãos desaparecidos.

Todos foram vistos pela última vez sendo levados pelos funcionários do Comitê de Segurança Pública em incidentes separados no início do novembro. Não se tem notícias de ninguém desde então.

Em um incidente em 1º de novembro, os cristãos ilegais Li Duojia, Qiu Xiangying e um terceiro preparavam-se para tomar um trem na estação de Jingmen quando foram agredidos por sete ou oito policiais do Comitê de Segurança Pública na plataforma de trem.

Os três foram algemados e presos em um hotel do outro lado da rua. As autoridades confiscaram suas Bíblias, dizendo: “Perseguimos vocês, confiscamos suas Bíblias e nosso objetivo é não permitir que você creia em Jesus. […] Essa perseguição é para destruir completamente sua igreja, nos livrar dos missionários e dispersar vocês, cristãos”.

Durante o interrogatório, os cristãos foram puxados pelo cabelo e fotografados de todos os ângulos. Também tiraram suas digitais e a impressão da sola do pé.

Os contatos de Igreja do Sul da China afirmaram: “Muitos missionários e convertidos são tão perseguidos que não podem voltar para casa, cultivar seus campos, cuidar dos seus pais ou criar seus filhos”.

Tradução: Portas Abertas

Fonte: China Aid Association