terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma troca de e-mails sobre o tratamento do homossexualismo indesejado e uma aviltação.

Os fatos relatados a seguir tiveram como base meu testemunho e o de outros dois colegas. Já que memórias humanas não são os modernos aparelhos de mp4, os fatos podem apresentar distorções.

Relato: Às 10 horas do dia 21 de Novembro de 2008, a professora Ana Flávia Madureira iniciava sua aula de Fundamentos e Desenvolvimento da Aprendizagem, na Universidade de Brasília. Estávamos com o conteúdo um pouco atrasado e por causa disso a professora afirmou que aquela aula não estava aberta a debates. Num certo momento da aula, a professora se referiu à resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia e concordou com seu conteúdo porque, segundo ela, homossexualismo não é doença.

Sem afirmar se homossexualismo é ou não doença, eu perguntei se o fato de um alcoólatra procurar a ajuda de um psicólogo para deixar de beber não era semelhante a um homossexual fazer o mesmo para abandonar o homossexualismo.

A professora Ana Flávia disse que não, porque a psicologia atual concluiu que homossexualismo não é doença. Se atestássemos a benevolência de Stálin porque o Partido Comunista Soviético poderia confirmá-la estaríamos usando a mesma lógica. Mesmo ante uma resposta como essa eu me calei para que a aula não fosse interrompida. Já naquele momento desejei debater com ela via e-mails, dado que ela já havia respondido a algumas das minhas questões dessa forma.

A troca de e-mails:

Rafael:

Professora Ana Flávia, aí estão vários artigos que falam sobre a ajuda dos psicólogos aos homossexuais que desejam abandonar a prática:


http://www.narth.com/menus/recommended.html
http://www.narth.com/menus/reprint.html
http://scholar.google.com.br/scholar?q=narth+psychology&hl=pt-BR&lr=&start=20&sa=N
http://www.narth.com/docs/treatment.pdf

Professora, se a psicologia atual não encontra respaldo científico para o tratamento do comportamento homossexual indesejado, ou os psicólogos brasileiros são por demais provincianos ou estes artigos e livros não são científicos. Caso a segunda alternativa esteja correta, gostaria que você me explicasse ao menos parcialmente o quão não-científicos são estes artigos. Como não sou especialista no tema, creio que a forma mais segura de me explicar isto seria refutar os argumentos mais usados por estes artigos científicos ou por livros mais completos dos mesmos psicólogos e enviar a mim com cópia para eles, respeitando o direito a réplica.

É uma tarefa laboriosa, mas é a única forma que encontrei para continuar acreditando na sua honestidade intelectual. Caso opte por outra forma de me explicar o porquê de desconsiderar estes trabalhos, por favor me envie um e-mail com a forma que escolheste. Caso queira se furtar à tarefa por conta das muitas obrigações da vida prática, o que eu seguramente faria sendo ainda aluno, peço-te não que afirme o contrário, mas ao menos que há um debate científico sério fora do Brasil sobre se psicólogos devem ou não oferecer ajuda aos homossexuais que desejam abandonar a prática e que verdadeiramente não há um consenso geral sobre o tema na psicologia e que a decisão do CFP é verdadeiramente arbitrária.

Se o referido debate é realmente sério ou se é trabalhoso verificar isto, sugiro que você envie um e-mail para todos os alunos da sala relatando o mal-entendido e fazendo as ressalvas necessárias, para que não haja nenhuma dúvida quanto à sua honestidade intelectual.

Ana Flávia:

Rafael,

Em um sistema democrático, você, como qualquer cidadão, tem todo direito de ter as suas opiniões, crenças e valores pessoais, incluindo as suas crenças religiosas. Você, como qualquer cidadão, tem todo direito de enviar textos extraídos da Internet para outras pessoas, incluindo os seus colegas de disciplina.

Entretanto, gostaria de deixar bem claro que: (a) após anos de estudo, após ter concluído o meu doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília, sob a orientação da Profa. Dra. Angela Uchôa Branco, com uma parte na Clark University (EUA), sob a supervisão do Prof. Dr. Jaan Valsiner (doutorado sanduíche); (b) após ter concluído o meu pós-doutorado em Psicologia na Universidad Autónoma de Madrid (Espanha), sob a supervisão do Prof. Dr. Alberto Rosa; e (c) após ter publicado artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais, bem como capítulos em livros publicados no Brasil e no exterior... eu não tenho que convencer você de nada e nem provar nada para você.

Bom fim de semana.

Atenciosamente,

Ana Flávia do Amaral Madureira

Rafael:

Professora, eu não estou duvidando do quanto estudaste, nem do quanto sabes. Se bem me lembro, Platão, em Os Sofistas, disse que a verdade independe da autoridade de quem fala, mas deve obedecer à argumentação lógica. Do contrário, é retórica.

A questão é se a afirmação "a psicologia atual não encontra respaldo científico para o tratamento do comportamento homossexual indesejado" é verdadeira. Não estou dizendo que é, nem que não é.

O que me faz interessar pelo assunto é o fato de que a APA (American Psychological Association) permite o tratamento em questão, enquanto a CFP o proíbe. Como então ter tanta certeza que toda uma ciência apóia uma proibição aparentemente autoritária?

Você realmente não precisa me provar nada, mas creio que a minha obrigação como aluno é inquirir, investigar a veracidade do que o professor me fala, de acordo com os textos que nos passaste. E crio (sic) que sua obrigação como professora é esclarecer minha dúvida de acordo com suas capacidades.

Desculpe se fui rígido, mas não consigo mais ficar calado (ou com os dedos quietos) ante os absurdos com ares de ciência que tentam inculcar em mim e em meus colegas nesta universidade, muitas vezes com êxito.

Relato: Não pude ir à aula seguinte, a de 24 de Novembro, mas já nessa aula a professora estava pronta para começar a minha execração, a ponto de adiantar à turma o conteúdo da aula do dia 26.

Se bem me lembro, os fatos que se seguiram são os relatados a seguir:

No dia 26 de Novembro de 2008, a professora Ana Flávia Madureira interrompeu sua aula no início para tratar da troca de e-mails que se seguiu. Inicialmente houve uma explicação sobre o conteúdo da resolução 01/99 do CFP. A professora distribuiu algumas cópias da resolução para que cada aluno pudesse ler e ao mesmo tempo explicou que os homossexuais sofreram muito por ser seu comportamento considerado como doença. Falou que a ciência não é baseada em crenças e que ninguém pode “impor” suas crenças num debate científico ou numa sala de aula.

Após isso, a professora me apontou entre os alunos e afirmou que a principal razão da aviltação fora eu tê-la acusado de ser uma intelectual desonesta. Conforme suas palavras, tal insulto jamais fora proferido contra ela antes. Ela não fizera algo de tamanha envergadura com nenhum professor durante toda a sua carreira, disse Ana.

Para Ana Flávia, um doutor ou mestre que ataque – publicamente, presumo – um outro doutor ou mestre pessoalmente tem uma atitude pouco humilde. Logo, é inadmissível que um graduando o faça. Quem quer que o faça, merecerá punição tal qual a minha.

Comento: Havia um certo grau de abertura por parte da professora para discutir minhas dúvidas, que poucos professores têm e que é um sinal de honestidade intelectual. Por isso afirmei que, aparentemente, a professora era uma intelectual honesta, mas que esta qualidade estava em cheque. Para saber definitivamente se ela é uma intelectual honesta ou não, seria preciso conhecer ao menos uma parte coerente da sua produção intelectual. Eu não conhecia. Mas qualquer produção científica deve ter o intuito de esclarecer, nunca de enganar. Se o cientista ou pensador defende abertamente um preceito aparentemente falso que esteja intimamente ligado com sua obra, toda sua produção intelectual perderá credibilidade até que ele prove que o preceito é verdadeiro. Foi com base em um princípio tão simples e basilar para a ciência que eu, um mero aluno da mera Geografia, pus em cheque a credibilidade intelectual da professora. Pensei que isto fosse patente para uma doutora, mas certamente não era e, ao que me parece, ainda não é. Obviamente, é um direito meu não acreditar em tudo o que me dizem e duvidar de uma afirmação. Deixei de crer por completo na afirmação dela não com base apenas em minhas crenças metafísicas, mas com base nos trabalhos de outros cientistas da Psicologia.

Já que estou submetendo este relato à apreciação da professora, gostaria de perguntar em que momento um intelectual ganha o status inabalável de honestidade e de coerência do seu trabalho. Ao passar no vestibular? Ao ser aprovado por uma banca de mestrado, cujos membros foram aprovados por outras bancas, e estas da mesma forma, indefinidamente?

Charles Darwin é um intelectual honesto quando afirma que “A distância entre o homem e seus parceiros inferiores será maior, pois mediará entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o caucasiano, e algum macaco tão baixo quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.”? Esta e outras afirmações “científicas” do biólogo foram responsáveis por décadas de racismo “cientificamente embasado”. Houve a afirmação sem provas de algo extremamente nocivo. Certamente a maior parte do trabalho de Darwin foi feita com seriedade, mas ele agiu com desonestidade ao falar que os negros são uma raça inferior sem ter certeza disso.

Afirmar que homossexuais contritos não têm direito de procurar ajuda de um profissional de saúde mental ou é ato de ingenuidade ou é um ato de desonestidade intelectual. Pois os trabalhos científicos que permitem este serviço são abundantes.

Há outra dúvida, professora: o objetivo final da aviltação fora o ego ferido, um exemplo a dar aos alunos que um dia pensaram em se opor a um dogma acadêmico ou os dois? Supondo que foram os dois objetivos, por que me execrar em público? Dentre aqueles poucos alunos, dificilmente houve unanimidade no apoio a sua atitude. Mesmo se houvesse, dificilmente isso mudaria a atitude dos alunos não envolvidos junto aos seus professores. Se foi também o ego ferido, porque não tratar o fato apenas comigo? Se eu estivesse errado, eu teria me arrependido por completo. Apenas isto bastaria, não? Só me arrependi de ter repetido o “para que eu continue acreditando na sua honestidade intelectual”. Faria novamente escrevendo isto apenas uma vez, para não ferir os olhos mais sensíveis. Foi então para não perder tempo comigo? Foi também para ridicularizar um representante dos cristãos que estudam e rebatem os absurdos, além da outra massagem ao ego?

Relato: Em outro momento a professora se referiu ao último parágrafo do meu último e-mail, em que digo que “não consigo mais ficar calado (ou com os dedos quietos) ante os absurdos com ares de ciência que tentam inculcar em mim e em meus colegas nesta universidade, muitas vezes com êxito”. Para ela, esta expressão significava que eu via os alunos da universidade como pobres incautos que necessitavam desesperadamente de algo ou alguém que os acudisse. Ela também afirmou que um graduando como eu jamais teria capacidade de aferir a veracidade ou a falsidade de um preceito científico como ela, uma doutora.

Comento: Os alunos de ciências humanas da UnB, assim como de todas as universidades brasileiras, são forçados, desde o ensino fundamental, a pensar com a cabeça de Marx e seus continuadores. Há também provas abundantes para tal. Uma cultura na qual não há nada que contraponha seu dogma reinante só pode gerar alunos, professores e intelectuais dogmáticos. Porque não estudamos os economistas austríacos que provaram a impossibilidade de continuidade da economia socialista, como Mises, Böhm Bawerk, Hayek? Por que não estudamos Paul Johnson, que descobriu várias fraudes em O Capital? Porque não estudamos os historiadores que escreveram O Livro Negro do Comunismo? Porque não estudamos Eric Voegelin, um dos maiores filósofos políticos e que analisou os absurdos da concepção política de Marx? Porque não estudamos os grandes da metafísica do nosso século, como Luis Lavelle ou o brasileiro Mário Ferreira dos Santos para confrontar o materialismo?

Asseguradamente, há um escotoma nos olhos da intelectualidade brasileira. E quando erigimos sociedades e fazemos projetos ao mesmo tempo em que negamos uma parte da realidade, certamente testemunharemos um desfecho desastroso.

Relato: Durante toda a sessão de execração pública, tentei me defender por duas vezes, levantando a mão durante a “aula”. A professora, com voz colérica, falava. – Você já abusou do seu direito de se expressar, Rafael! Assunto encerrado! Após a aula, quando os alunos já saiam, tentei me aproximar dela, e antes que eu falasse alguma coisa ela disse:

– Rafael, chega de conversa!

– Eu nunca mais poderei falar na sua aula?

– Estamos muito nervosos para conversar!

– Eu estou calmíssimo.

– Na próxima aula a gente conversa!

– Eu poderei me defender ante à turma?

– Só na próxima aula.

Fui então tratar o fato com dois dos meus colegas.

Na próxima aula, mesmo com um farto material que provava haver um debate sério sobre tratamento do homossexualismo indesejado, não me foi dado tempo para me defender. Após a aula fui perguntar à professora porque eu não pude me defender. Ela disse novamente que o assunto estava encerrado. Neste material estavam incluídas considerações sobre o caso Rozângela Justino, o trabalho feito pela NARTH, a permissão do tratamento pela Associação Americana de Psicologia e declarações do Dr. Robert Spitzer.

É comum em casos como este o professor punir o aluno incômodo com a reprovação. Não foi este o caso. A professora Ana Flávia julgou meus esforços em ser aprovado probamente, da mesma forma que julgou os esforços dos outros alunos.

12 comentários:

  1. Elias disse:

    Meus parabéns Rafael....

    A Igreja de Jesus Cristo conta com pessoas corajosas como você, que não se curvam ante as idéias malignas difundidas nos estabelecimentos de ensino, disfarçado como educação e ciência...

    Resista até o sangue, se for preciso, mas não se curve ao relativismo, determinismo,fatalismo e tantas outras coisas que se entranharam no meio acadêmico...

    Grande abraço!!!!!!!!!

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  2. Paulo disse:

    Meus parabéns!!!

    Temos que conhecer mais a Deus e sua palavra. Somente desta forma combateremos as heresias. Continuemos a conhecer a Deus e sua palavra. Lutemos pela VERDADE!

    Glória a Deus!

    Att,
    Paulo Corrêa

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  3. PARABÉNS JOW!! Que Deus continue te abençoando, te coragem e sabedoria para glorificação do Seu Nome!
    Abraço

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  4. Caríssimo,

    o que penso sobre este assunto discutirei apenas com vc. O que tenho a falar aqui é que fico muito orgulhoso de como vc defende seu ponto de vista. Isso é o importante. Parabéns!

    Abraço,

    Júnior

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  5. Obrigado, pessoal. Que Deus seja glorificado por demonstrarmos que cremos n'Ele e no Seu poder por diversas razões, entre elas, a ojeriza ao absurdo.

    Um abraço a todos.

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  6. HUMMMMM... bacana!
    Pode crê primo.
    Comentaremos depois.

    Itamar

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  7. Parabéns, Rafael.

    Sinto uma grande alegria quando tomo conhecimento da existência de cristãos, e principalmente, jovens que chegam ao conhecimento da verdade e passam a lutar por ela e defender os ideais de liberdade à luz da Palavra de DEUS. Só Ele, realmente, liberta a todos da escravidão do pecado e da ideologia satânica representada pelo socialismo-marxista-leninista.

    DEUS o sustente em seu propósito e ideal.

    Extaí alguns materiais do seu blog para também divulgar pelo meu blog.

    Daniel (drweidman@uol.com.br)

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  8. Rafael meu filho, dá até vontade de "pegar ela na saída né?" Mas... como cristãos, temos realmente que "esfregar na cara do mundo" que somos diferentes. Parabéns...

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  9. Você na verdade, incorre no erro no qual acusa a professora. Provinciano é defender que o homossexualismo é doença. Confunde as coisas ao falar em direito de buscar ajuda e compreensão do profissional/terapeuta do que seja ajuda. Precisa estudar um pouco mais sobre crenças e valores, pois, as suas, não lhe deixam ver nada... E ainda nem sabe o que é o debate científico e o que se chama "verdade" ou de teoria científica. Sugiro que inicie com "kuhn". Além de, é claro, ter se colocado como julgador da honestidade intelectual da professora. Você é uma piada!

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  10. Durante todo o debate com a professora, me coloquei no humilde lugar de aprendiz, fazendo perguntas e a avaliando sua veracidade segundo o que sei. Por isso, não afirmei se homossexualismo é ou não doença. Conheço pouco sobre este debate, mas este debate não pode ser diferente se o assunto for o tabagismo ou alcoolismo. Há pessoas que gostam de fumar, beber ou fazer sexo anal e há pessoas que fazem isso sem gostar do que fazem. Se algum cientista nega a analogia entre estes fato, ele está sendo tão parcial a ponto de não poder ser considerado cientista.
    Por volta de um terço da humanidade condena o homossexualismo com pena de morte: são os islâmicos. Já que só as doenças mais transmissíveis em situações ímpares necessitam do sacrifício dos doentes, esses consideram o homossexualismo como algo bem pior que essas doenças. Outro terço, cristãos e judeus consideram um pecado digno de arrependimento. Outra grande parcela da humanidade – países comunistas e os hindus – condenam muitos dos homossexuais à morte. Bem, só sobram os acadêmicos para impedir que alguns dos homossexuais busquem ajuda. Eles fazem isso com base numa ciência (psicologia) que não tem sequer 200 anos de vida. Essa ciência baseia-se, por sua vez, quase que completamente na origem espontânea do universo e da vida.
    Crer na origem espontânea do universo e da vida exige mais fé do que para crer em qualquer uma das religiões citadas. Os "fatos" "descritos" pela teoria do big bang exigem um tipo metafísica para que se possa crer neles. São eventos que não diferem de milagres. O mesmo vale para a origem da vida. Vide os documentários "expelled: no intelligence allowed" e "Desvendando os mistérios da vida".
    Qualquer cosmovisão tem verdades incontestáveis; a maioria tem mentiras absurdas e paradoxos intransponíveis. Mesmo sendo cristão, vejo que a estrutura de crenças de um hinduísmo ou de um islamismo é bem menos contraditória e tem menos lacunas do que a do ateísmo. Ou seja, submetidos à uma análise sobre suas verdades, a cosmovisão dessas religiões excede ou, no mínimo, enfrenta com igualdade a cosmovisão materialista e atéia. Mesmo que eu ache absurdo, toda essa complexa estrutura dessas religiões leva à prisão e ao assassinato de gays. Provar que estas religiões estão certas ou erradas exige o conhecimento e o intelecto de vários Thomas Kuhns.
    Por falar em Kuhn, ele ensina ou dá exemplos de debates científicos em que um dos lados é anônimo? Se não, acho que você não está entendendo ou não está aplicando bem o que você leu, ou seja, há pouca diferença entre eu, que não o li, e você.
    Dado isto, está provado quem é o provinciano aqui. A maior parte da população mundial pune os homossexuais há milhares de anos. O cristianismo prega o arrependimento facultativo e o perdão sucessivo obrigatório, ajuda o arrependido e ainda é a principal vítima dos acadêmicos loucos furtivos ao debate. Vai entender.
    Não sei mais onde no mundo a ajuda aos homossexuais arrependidos é crime, mas no maior pólo de produção científica do mundo, os EUA, não é. Provinciano é o mínimo que se pode chamar a quem se furta ao debate com leis absurdas.
    Você diz que eu confundo o conceito do que é ajuda para o paciente e para o profissional. Mas há de convir que, o que quer que seja esta ajuda, ela é fruto da aproximação entre o conhecimento geral do especialista e da experiência pessoal de quem sofre. O que eu disse sobre ajuda está inserida nessa atração mútua. Eliminar um dos dois lados, como você quer, é delirar sobre conceitos esvaziados de realidade, ou, pra ser mais franco, sobre belas mentiras.
    Não julguei, mas duvidei da honestidade intelectual da professora como se duvida da honestidade de qualquer ser humano que profira uma mentira e se furte ao debate. Eu duvido da honestidade intelectual de Descartes... Por que não o faria com uma reles professora da UnB?

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  11. Se sou uma piada, ao menos, mesmo sem saber o porquê, faço alguém rir. Você me faz sentir pena, aumenta a minha tristeza e a de quem lê o comentário. Você é tão triste, presunçoso e incapaz, que me critica sem dizer nada de engraçado, mesmo sendo eu motivo de piada para um autodenominado estudante sério das ciências.

    Já que você me sugere Kuhn, eu sugiro que você se incline ante ao desconhecido, ao incognoscível, ao eterno, à razão que precede toda a matéria e a vida em vez de repetir calado “isso não existe” ou “isso é simples assim”. Este “eterno” existe e se revelou como um judeu do século 1 (!) que sofreu a ira deste “eterno” por termos nos oposto a seus justos desígnios. Se há um ser inteligente superior a tudo, é porque há o certo e o errado. Isso aterroriza os ateus. Pelo menos me aterrorizou, pois já fui um, mas já tenho perdão seguro.

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