segunda-feira, 27 de julho de 2009

R. Stival replica

· Rafael, você debateria os pilares teóricos do código penal brasileiro com um estuprador que estivesse prestes a "seduzir" sua irmã ou sua mãe? Com assassinos não se debate teorias. É preciso resguardar o que é de seu apreço das formas mais imediatas possíveis. Mostra-se-lhe o crime que ele cometeu ou pretendia cometer e a pena que lhe é devida. Só. Os executores da pena que façam o resto. Fiz o que pude para defender o que eu amo.


Este não é apenas um "assunto". Vidas estão em jogo, meu caro. Este é um problema muito, mas muito sério. A igreja deveria tratar esses problemas como trataria um "swing" entre dois pastores e suas respectivas esposas. É tão grave que só vislumbro duas razões pelas quais eu não tenho medo de você: o cristão deve se gloriar na perseguição e não lhe foi dado poder suficiente. Mesmo a primeira razão sendo constante, eu teria temor se houvesse a segunda. O que um homem que absorve idéias maléficas fará quando tiver poder? Como eu já disse você apenas fornece poder.


· Então as mortes que os seguidores de Marx provocaram são contradições do capitalismo? Rafael, você está cego! Você está sendo enganado pelas pantomimas dos tais "pensadores" desse manicômio em que estudamos!


Que lógica é essa Rafael? Por acaso as mortes provocadas pelo surfe de trem estão também na conta das "contradições do capitalismo"? As mortes por deglutição de parafusos? Você está doente! Trate-se. Este é um sintoma claro de um distúrbio psicopatológico chamado "delírio de interpretação", descoberto e estudado pelo psiquiatra francês Paul Sérieux. Isso é comum entre os adeptos das ideologias revolucionárias. Confie em mim. Se você não sofrer deste mal, eu retiro tudo o que eu disse até agora e leio O Capital para conduzir minha vida de maneira correta. O material em português para o estudo do distúrbio é mínimo, mas me proponho a traduzir o que for necessário do inglês ou até do francês para te ajudar. Clicando aqui, aqui e aqui, lerá três artigos em português sobre o caso. O primeiro dá uma breve explicação do que pensava Sérieux, o segundo continua e o último artigo parece estar respondendo ao seu e-mail.

Posso também fazer contigo um estudo bíblico direcionado para o caso – com o auxílio de cristãos que têm um conhecimento mais profundo da Palavra – e assim te mostrar o quão absurdo é aquilo que você está defendendo. Mas há de considerar a Palavra de Deus como Verdade plena e imutável.


· O que afirmei de ti não foi um julgamento no sentido bíblico. Julgar, que no grego coinê é "κρίνω", está no sentido de decretar, determinar. Ou seja, algo que não tem mais volta, que será para sempre. Não foi nesse sentido que te acusei. Se Deus me resgatou desse lamaçal, porque não o fará contigo? Escrevi aquela carta com pesar, sabendo que, ao invés de a igreja estar unida contra aquilo que a aflige, com dois amantes da filosofia numa só peleja, ela está dividida, com um de nós defendendo uma coisa irreconciliável com o cristianismo. Eu a escrevi para o seu bem, assim como um pai chama o filho de drogado quando este não quer admitir que é.


· Não há como entrar em consenso comigo porque não há consenso entre Vida e morte, entre Verdade e mentira, entre Cristo e Belial. O que quero é te forçar a fazer uma escolha. Ou você pára de fazer apologia a Marx, Trotsky e Lênin ou você rejeita o sacrifício de Cristo. Não há como fazer os dois ao mesmo tempo. Escolher a Cristo não o impede de estudar as vidas e obras desses homens, que estão em amálgama. Não impede de ver o manicômio desde cima. Mas é preciso conhecer os outros pensadores que provaram que esses homens diziam e faziam loucuras. É preciso estudar dobrado. Mas o Mestre disse que o caminho é apertado.


· Se preza mesmo a minha amizade, se esforçará em acatar aquele pedido de se desculpar sinceramente a mim e aos cristãos perseguidos. Não é necessário que seja agora, pois é preciso que as desculpas sejam sinceras, bem pensadas.

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